Consulta aos caminhoneiros autônomos

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Conforme mostram nossas publicações, estamos em constante diálogo com o Governo Federal na tentativa obter respostas às reivindicações feitas pela categoria.

Somente em maio deste ano, tivemos duas audiências com representantes do Governo Federal para apresentar propostas que estabilizem os preços dos combustíveis e que solucionem, a médio e longo prazo, as carências de renda e trabalho do caminhoneiro.

Estabilização do preço dos combustíveis

Para atender as demandas do caminhoneiro é necessário que a Petrobrás estabeleça uma política de preços estáveis para o diesel e outros derivados, como gasolina e gás.
É preciso também que a empresa desista de privatizar suas refinarias. Em recente audiência na Casa Civil, provamos que é possível reduzir o preço do diesel se todas as refinarias estiverem sendo operadas com capacidade plena de produção, sem ociosidade.

De acordo com a equipe técnica da Abcam, é possível articular um fundo de estabilização capaz de manter o preço do diesel equilibrado, usando um pequeno tributo sobre o lucro de exportação de petróleo. Entretanto, durante uma das audiências, o Governo tem argumentado que, por sua orientação liberal, não pode intervir no mercado. E isso nos leva a acreditar que não seremos atendidos em nosso pedido de frear a privatização das refinarias.

Reforma da Previdência

Em relação à Reforma da Previdência, entendemos que a proposta, da forma em que está, não atende às necessidades básicas da categoria, especialmente em relação ao Regime de Capitalização previsto.

Esperamos que, durante o processo de análise no Congresso Nacional, a proposta final atenda aos interesses dos transportadores autônomos.

Demandas atendidas

Logo no início de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro recuou em relação ao aumento de 5,7% no preço do diesel. Apesar da tentativa de evitar o reajuste dos preços dos combustíveis, a Petrobras anunciou a elevação dos custos.

A estatal justifica levar em consideração em sua política de preços o chamado Preço Paridade Internacional (PPI), influenciado por fatores como câmbio e o preço do barril de petróleo no mercado internacional.

O governo também manteve o piso mínimo de frete e adotou algumas medidas paliativas como a criação do cartão caminhoneiro e de uma linha de crédito de R$ 500 milhões via BNDES para que os profissionais possam comprar pneus e realizar a manutenção de seus veículos.

A liberação do porte de armas, o fim do exame toxicológico, o aumento do prazo de validade da carteira de motorista e da pontuação por infrações de trânsito também fazem parte da proposta do governo para amenizar as dificuldades enfrentadas pelo caminhoneiro.

Consulta à categoria

Diante disso, consultamos os companheiros sobre os próximos passos. Está marcada uma greve geral, suprapartidária e supra-ideológica, para o próximo 14 de junho. Seu foco é a rejeição da reforma da Previdência proposta pelo Governo.

Além disso, demandamos preços mais baixos e estáveis para o diesel e outros derivados, e a desistência por parte da Petrobrás da privatização das refinarias. Temos plena convicção de que essas demandas não pertencem apenas a nós, mas ao conjunto da sociedade.

A categoria dos caminheiros é soberana em suas decisões. Nosso objetivo, através dessa consulta, é decidir se apoiamos a greve ou não. Se apoiarmos não estaremos fazendo uma greve contra o Governo Bolsonaro, mas uma paralisação de 24 horas que possibilitará uma discussão sobre o assunto.

Pedimos sua manifestação para estabelecermos uma orientação conjunta sobre que decisão tomar. Envie seu posicionamento para nosso Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..