Nota Oficial: Posicionamento da CNA sobre aumentos do piso mínimo de frete

Como entidade que configura os interesses do setor agropecuário, entendemos que a Confederação Nacional da Agricultura - CNA vem cumprindo o seu papel de defender as exigências da categoria a qual representa.  O agronegócio é um setor que possui grande influência na construção da agenda Governo, já que possui defensores em patamar elevado como a própria ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Ao contrário do setor agropecuário, o transporte rodoviário de cargas, mesmo diante de sua dimensão e importância dos milhares de caminhões que rodam pelas estradas do nosso país, ainda é tratado com descaso.

Os caminhoneiros lidam diariamente com estradas esburacadas, sem sinalização e enfrentam o medo constante de serem mais uma vítima de roubo de carga. De acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte, 49,5% total de caminhoneiros já recusaram a viagem por conta do risco de roubo/assalto.

Além disso, o preço do diesel, principal custo da atividade, sofre oscilações de preço em ritmo acelerado, impedido certo previsibilidade por parte dos caminhoneiros para que realizem o reajuste do preço a ser cobrado pelo frete.

Nos últimos anos, a categoria também vem sofrendo perda real de renda, um reflexo da crise econômica e consequente redução na procura por frete.

Os números que apontam a defasagem no que seria o equivalente aos salários dos profissionais do transporte aparecem na comparação de edições de levantamento da Confederação Nacional dos Transporte (CNT), que mostra a evolução do cenário da categoria desde o período de atividade acelerada no país, no início da década, passando pela recessão, até o final do ano passado.

Grande parte da atuação dos autônomos está relacionada a contratações por empresas maiores. Funcionam como uma suplementação da oferta. Quando a demanda cai para todos, eles são os primeiros a sofrer esse corte.

Ou seja, a falta de infraestrutura adequada e do alto custo do combustível se tornam os maiores entraves para os profissionais do transporte manterem sua rotina de trabalho e seu sustento.

Portanto, se faz necessário um gatilho de proteção mínimo para que o motorista possa se planejar e assim, poder gerenciar seu negócio. Entendemos que a criação de um piso mínimo de frete não deveria ser a principal alternativa para solucionar a situação, mas em curto prazo, se faz imprescindível para a subsistência do caminhoneiro.

José da Fonseca Lopes

Presidente da Abcam 

aaabcamAbr2019 cadastramento caminhoneiros

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