Abcam vê com preocupação a demora na criação de uma nova tabela mínima de frete
Diante do reajuste da tabela mínima de frete para o transporte rodoviário de cargas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) considera a tabela publicada nesta terça-feira (4) apenas como uma atualização de preços para o serviço de frete rodoviário e não uma “nova tabela”.
A Abcam entende que a Resolução nº 5.827 não contempla particularidades fundamentais para que a tabela seja efetiva, como:
- a correção dos valores entre os tipos de cargas;
- os caminhões de todos os eixos;
- os índices regionais, que permitem atender as peculiaridades de cada Estado.
O acréscimo médio de 3% a 5% quando comparado com os valores da tabela anterior se fez necessário devido ao aumento médio de 13% do óleo diesel em 31 de agosto. Esse percentual varia de acordo com a quilometragem, quantidade de eixo e tipo de carga.
A Abcam ainda analisa a repercussão deste reajuste perante os caminhoneiros autônomos, entretanto, antecipa que há uma grande preocupação com a forma como a tabela está sendo conduzida.
A Associação entende que a demora na publicação de uma tabela condizente com a realidade do transportador autônomo de cargas pode trazer uma estagnação na contratação dos serviços prestados pela categoria, já que a atual tabela beneficia apenas as empresas de transporte.
Até o momento, não houve a criação de um grupo de trabalho com especialistas em transporte para a criação de uma tabela plausível e que atenda às necessidades dos caminhoneiros autônomos.
Sendo assim, a Abcam enviará à Casa Civil um novo pedido de audiência para explanar suas preocupações. Entretanto, a entidade reforça que não há qualquer movimentação de paralisação por parte das entidades representativas do setor de transportes.
A Abcam já enviou uma sugestão de tabela mínima de frete para a ANTT. Clique aqui para visualizar
Sobre a Abcam
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) é uma entidade criada e reconhecida legalmente há mais de trinta anos para a defesa da categoria dos caminhoneiros autônomos.
Representa o transportador autônomo de cargas, pessoa física, proprietário de um único veículo, que com este preste serviço de transporte de carga de forma remunerada em todo o território nacional.
Possui 6 Federações, 69 sindicatos e 4 delegacias, atendendo os interesses de, aproximadamente, 600 mil caminhoneiros autônomos em todo o país.
Por Ascom/Abcam