Abcam registra paralisação de caminhoneiros em 19 estados brasileiros

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Balanço da entidade aponta manifestações pacíficas, conforme acordo realizado com os líderanças regionais

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), responsável pela convocação da Paralisação Nacional dos Caminhoneiros, registrou ao longo desta segunda-feira (21), a manifestação da categoria em 19 estados brasileiros, entre eles: Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins, Goiás, Espírito Santo, Ceará, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal. Estima-se que cerca de 200 mil caminhoneiros tenham participado do protesto. 

Com o apoio do monitoramento realizado pela PRF, foi possível detectar as regiões com maior incidência de manifestações, conforme mapa abaixo:

Mapa PRF paralisações2018

O presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, acredita que o movimento vem ocorrendo conforme esperado. “Pedimos que a paralisação ocorresse de forma pacífica, sem prejudicar o direito de ir e vir dos outros condutores. Felizmente, a grande maioria acatou a nossa orientação”, explica Fonseca.

Alguns transportadores estacionaram seus caminhões nos acostamentos das rodovias e pararam apenas outros caminhoneiros para conscientizá-los da importância de uma paralisação geral. Entretanto, não foi possível evitar o envolvimento de baderneiros, que se aproveitaram da manifestação pacífica e legítima da categoria para causar transtornos em algumas rodovias do país.

“Não apoiamos e nem nos responsabilizamos por atos de violência, agressões, barricadas nas rodovias ou atos de depredação de patrimônio público. Nosso objetivo é claro: demonstrar ao Governo a nossa insatisfação diante da alta tributação do óleo diesel”, afirma Fonseca.

Leia Também: Abcam reitera pedido de manifestações pacíficas e sem interrupção das rodovias do país.

Resposta do Governo

O resultado da paralisação geral é reflexo da ausência de medidas efetivas do Governo para conter o aumento constante de preço às refinarias e dos impostos que recaem sobre o óleo diesel.

Na semana passada, a Abcam reiterou pedido à Casa Civil e à Presidência da República, por meio de um ofício, com o seguinte pleito:
- redução da carga tributária incidente sobre operações com óleo diesel a 0 (zero), sendo elas as alíquotas da contribuição para PIS/PASEP e da Confins incidentes sobre a receita bruta de venda no mercado interno de óleo diesel a ser utilizado pelo transportador autônomo de cargas.
- isenção da contribuição de intervenção no domínio econômico — Cide-combustíveis, incidente sobre a receita bruta de venda no mercado interno de óleo diesel a ser utilizado pelo transportador autônomo de cargas.

Continuação dos protestos

Com o novo aumento do preço do óleo diesel nas refinarias anunciado nesta segunda-feira (21) pela Petrobras, a previsão é que os protestos continuem. Na semana passada, foram cinco reajustes diários seguidos, o que impede o caminhoneiro autônomo de repassar o aumento para o valor cobrado pelo frete.
A expectativa é que a reunião marcada para o fim da tarde de hoje entre o Presidente da República e os ministros da Casa Civil, da Fazenda, de Minas e Energia e do Planejamento, resulte em respostas positivas em relação a redução do preço do combustível.

 

 Por Ascom/Abcam