Mulheres ganham cada vez mais espaço no transporte rodoviário

É comum as pessoas associarem a profissão de caminhoneiro aos homens. De acordo com o levantamento realizado pelo Sistema Integrado de Transporte de Cargas – Sitcarga, mais de 90% dos transportadores cadastrados são do sexo masculino e pouco mais de 6% são mulheres. 

Entretanto, assim como em outros setores, as mulheres estão ganhando cada vez mais espaço. Na boleia, não é diferente: mulheres vaidosas, capacitadas e mães de família aguentam viagens longas e cansativas para fazer a vida na estrada a sua profissão. 

As mulheres carregam consigo a fama de serem mais prudentes e cuidadosas, da manutenção do veículo ao volante. Assim, elas acabam se envolvendo menos em acidentes ou situações de risco. Elena Fernandes Borges, 54 anos, é um exemplo. Há 5 anos trabalhando no setor de transporte, a caminhoneira paulista diz que nunca se envolveu em nenhum acidente de trânsito. 

No entanto, quando o assunto é infraestrutura, Elena explica que os poucos pontos de parada que existem não há espaço separado para elas, que por vezes sofrem dificuldades para ir ao banheiro ou dormir. Para ela, o ideal é que sejam criadas paradas de descanso nas principais rodovias do país, com postos de saúde, restaurantes, manutenção para caminhões e um espaço reservado para as mulheres. 

O presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, acredita que o setor deverá incorporar um número cada vez maior de mulheres. “Já se foi o tempo em que o setor era abastecido por homens. O Brasil é um país rodoviário e por isso precisa de uma grande quantidade de transportadores, e a mulher pode suprir essa carência do mercado”, explica.

Fonseca também comenta sobre a falta de infraestrutura nas rodovias. Para ele, essa é uma carência de longos anos. “Todo caminhoneiro sente falta de infraestrutura, não apenas em relação a qualidade e segurança das estradas, como também de pontos de parada e descanso”. 

A expectativa é que ainda este ano sejam construídos pontos de parada nas rodovias do país. Assim, não somente a mulher, mas todos os profissionais da categoria poderão trabalhar com dignidade e melhorar sua qualidade de vida. 

 

Por Ascom/Abcam

 

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