Como aumentar a vida útil dos pneus – e a segurança nas estradas

Imprimir

Veja as principais recomendações para conservar e reduzir despesas com pneus

Os pneus são as únicas peças do veículo que têm contato direto com o pavimento. Eles absorvem choques e irregularidades do asfalto e são importantes para a boa dirigibilidade. Segundo o instrutor do SEST SENAT Roberto Menezes Júnior, a gestão adequada dos pneus é fundamental para os transportadores. “Infelizmente, muita gente foca em questões técnicas, mas o comportamento também é importante para a preservação dos pneus e do veículo como um todo”.

Ele diz que condutas adequadas e seguras na direção ajudam a aumentar a vida útil dos pneus e reduzir o consumo de combustível, além, é claro, de aumentar a segurança. “O pneu é a segunda maior despesa do transportador, depois do combustível. Imagina um rodotrem, que tem rodas gêmeas: antecipar a substituição dos pneus significa uma despesa de R$ 1.500 a R$ 2.000.”

Conheça os cinco principais pontos que merecem atenção dos transportadores e dos gestores de frota.

1 – Calibragem

Calibrar os pneus em períodos regulares, conforme a determinação do fabricante, é lição básica. Além disso, avaliar a calibragem diariamente. Isso porque, dependendo da carga acondicionada no caminhão, o pneu pode perder pressão precocemente. Isso tudo também ajuda a evitar o consumo excessivo de diesel, que ocorre quando o pneu começa a ficar vazio. E atenção a este recado: calibrar além do recomendado também não pode. “Tem quem diga que, para pegar a estrada, é interessante calibrar mais do que o recomendado. Mas isso é ruim, porque torna o pneu mais sensível a alguns impactos, e ele acaba deformando.”

2 – Rodízio dos pneus, balanceamento e geometria

O rodízio deve ser feito em períodos regulares, conforme orientação do fabricante. “Devido ao pior estado de conservação das rodovias brasileiras, também pode ser bom antecipar o rodízio, mas nunca se deve deixar passar o período recomendado pelo fabricante”, afirma Júnior. Conforme o instrutor, isso é importante para que haja desgaste regular de todos eles e, consequentemente, para garantir mais segurança. O balanceamento e a geometria também devem ser feitos com regularidade.

3 – Frenagem suave

“Isso está diretamente relacionado ao comportamento do motorista, que deve pensar preventivamente e antecipar as condutas para não gerar travamento das rodas”, explica. Isso evita desgaste e o risco de tombamento da carga. O mesmo vale para a partida: motorista que, quando arranca, canta pneus também causa danos.

Leia Também: Como evitar o sono ao volante?

4 – Não exceder a carga

O excesso de carga é outro vilão para os pneus e para o caminhão. Por isso, deve-se trabalhar com o peso máximo permitido para o veículo e para a via. Além disso, é importante ter cuidado, também, para não sobrecarregar os eixos, porque gera desgaste irregular.

5 – Recapagem

Quando a banda de rodagem está desgastada, é hora de tomar providências. Com a recapagem, é possível que o pneu do caminhão continue sendo utilizado para rodar. Mas, na hora de contratar esse serviço, Júnior destaca: busque empresas credenciadas pelo Inmetro para garantir mais segurança. “Essas empresas trabalham conforme as recomendações do fabricante, a legislação e as normas técnicas brasileiras”, destaca.

Quer saber mais?

Entre em contato com as Unidades do SEST SENAT para realizar os cursos de gestão de pneus. A plataforma EaD SEST SENAT também tem um curso gratuito, a distância e com certificado que ensina as noções básicas sobre o assunto. Clique aqui e conheça o curso.

 

Fonte: Agência CNT