Justiça decreta prisão de 26 envolvidos com a “Trapaça Transportes”

A Justiça decretou na última quarta-feira (14) a prisão preventiva de 26 integrantes de uma organização criminosa, autodenominada “Trapaça Transportes”, que praticava roubos e desvios de cargas em três Estados: São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

A medida acatou a denúncia oferecida pelo promotor Renato Queiróz de Lima, de Rosana no interior de São Paulo, que aponta que entre fevereiro e maio de 2017 a quadrilha causou prejuízo superior a R$ 8 milhões a empresas transportadoras.

O grupo foi descoberto nas investigações da Operação Desvio Certo. No dia 6 de fevereiro policiais civis de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em 13 cidades catarinenses. Na ocasião foram presas 23 pessoas e apreendido material para análise.

De acordo com a denúncia, em maio de 2017 três homens foram presos em flagrante quando estavam transportando e efetuando a entrega de uma carga de 11 toneladas de queijo parmesão. Essa carga havia sido roubada em abril, em Cerqueira César, no interior paulista.

Os presos responderam pelo crime de receptação. Entretanto, a equipe de investigação desconfiou da forma como a quadrilha agia e passou a interceptar os celulares dos presos com autorização judicial.

De acordo com o Ministério Público, com a análise das conversas, verificou-se que a organização criminosa era composta por vários membros, responsáveis pelos desvios de carga de caminhões em diversos estados e por revender as mercadorias para outras pessoas que também faziam parte do esquema.

As investigações apontaram que motoristas das empresas transportadoras tiravam fotos das notas fiscais da mercadoria que transportavam e enviavam por meio de aplicativo de celular às pessoas que eram responsáveis por fazer o anúncio das mercadorias e a negociações das cargas, antes mesmo do início das viagens.

O promotor apontou que em determinado momento das viagens, os motoristas descarregavam as cargas e entregavam a outras pessoas, também integrantes da organização criminosa, eram encarregadas de guardá-las até o momento da compra pelo receptador. Quando a carga desviada estava em local seguro, os motoristas, todos componentes da organização criminosa, se dirigiam até Delegacias de Polícia e faziam falsas comunicações de crimes, dizendo que tinham sido furtados ou roubados.

 

Fonte: Destak

aaabcamAbr2019 cadastramento caminhoneiros

Assine a nossa newsletter

*campos obrigatórios

Projetos





logo despoluir