Pelo menos três empresas demonstram interesse em pacote de rodovias do RS

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Até agora, o governo federal já teria recebido manifestação de interesse por parte de três empresas no pacote de concessões de quatro rodovias federais que cortam o Rio Grande do Sul (as BRs 290, 386, 101 e 448). Uma das empresas seria o grupo Triunfo Participações, cujo braço gaúcho, a Triunfo Concepa, já administra a BR-290 (freeway) e cujo contrato foi prorrogado até julho — quando o ministério pretende que a vencedora da nova concessão assuma as estradas, sem descontinuar os serviços prestados pela Concepa.

Um dos diferenciais desse edital é facilitar a participação de empresas estrangeiras, consorciadas ou não com parceiras brasileiras, por meio da redução de burocracias. Com as maiores construtoras nacionais envolvidas em escândalos de corrupção, o governo almeja, assim como ocorreu com os aeroportos, ampliar a concorrência.

Por isso, na viagem à China, o presidente Michel Temer está levando o projeto de concessão de estradas gaúchas chamado de Rodovia Integração do Sul. Assim como foi feito nos Estados Unidos e na Europa, a ideia é atrair interessados.

Entre as principais exigências está a que prevê que a empresa tenha experiência com obras e administração de rodovias. Gerente de parcerias de rodovias do Ministério dos Transportes, Marcelo Fonseca garante que isso não deve inviabilizar interessados:

 — É o requisito mínimo para garantir que não vai entrar nenhuma aventureira. Não adiantaria uma empresa especializada na construção civil de imóveis se não souber operar os serviços necessários na operação das estradas.

Poderão participar do leilão, isoladamente ou em consórcio, pessoas jurídicas brasileiras ou estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento. Para ganhar o processo, terá de comprovar possuir capital mínimo de R$ 276,5 milhões.

A partir da assinatura do contrato, a vencedora terá até um ano para construir as praças de pedágio necessárias e iniciar a cobrança. A exceção é a freeway, que já possui a estrutura e, por isso, cobrará tarifa desde o começo da concessão.

Fonte: Zero Hora