Aumento de imposto pode deixar fretes 4% mais caros

O anúncio do aumento dos impostos sobre os combustíveis desagradou aos representantes da indústria e do setor de transportes.

É um caminho rápido para o dinheiro chegar aos cofres do governo e para sair do bolso de gente como o caminhoneiro José Carlos. Ele diz que já sofre com a queda no valor das diárias.

“Hoje qual centavinho que aumenta no diesel já dá diferença. Por exemplo no dia que você gasta 80, 90 conto, aí você vai gastar R$ 100. Aí você pensa que não é muito mas, o caminhão rodando, a diferença é grande”, diz José Carlos Rocha, motorista de caminhão.

Desse imposto não dá para escapar, ligou a bomba já está pagando. As transportadoras dizem que o combustível representa 40% do custo de um frete e qualquer aumento geralmente é repassado e vai parar nos produtos que estão sendo transportados.

“A nossa margem no setor é muito pequena, aliás as empresas hoje lutam ainda para sair do vermelho, quer dizer, qualquer impacto de custo, ainda mais um custo dessa natureza, ele é imediato, não tem como não repassar”, explica José Hélio Fernandes, presidente da Associação Nacional de Transporte de Carga e Logística.

A Associação de Transporte de Carga ainda está calculando o impacto do aumento na alíquota do imposto, mas estima que os fretes, conforme a distância, podem ficar até 4% mais caros.

“É mais uma dificuldade que nós teremos pela frente, porque a economia estando em crise, evidentemente transporta menos. E isso torna ainda mais difícil de você realmente repassar custo”, comenta o presidente da associação.

A área econômica do próprio governo, segundo o jornal “O Globo”, estima que os preços para os consumidores ficarão 7% mais altos.

“Aumento de tributação sobre combustíveis terminará penalizando mais consumidores, mais usuários sobre combustíveis, setor privado mas também você pega combustíveis de transporte público, terminara impactando tão os preços dos produtos”, destaca Flávio Castelo Branco, gerente da Confederação Nacional da Indústria.

Ele diz ainda que mais impostos dificultam a recuperação da economia: “Qual tributo retira renda da população ou das empresas, portanto, reduz capacidade de consumo e investimento da economia. Só que o aumento de tributação pode agravar o ambiente recessivo e se tornar ainda um obstáculo maior para a recuperação da economia à frente”.

Em nota, a Federação das Indústrias do estado de São Paulo diz que ficou indignada com o anúncio da alta de impostos sobre os combustíveis e que esse aumento recai sobre a sociedade que já está sufocada. E conclui: o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir o desperdício.

O especialista em contas públicas Amir Khair criticou a decisão do governo e diz que há outras opções.

“Ele pode cortar cargos em comissão, que são pesados e existem um número bastante expressivo deles, ele poderia rever contratos, a revisão de contratos é uma prática importante, ou seja, tem que haver melhoria na gestão do governo”, comenta Amir Khair, especialista em contas públicas.

Fonte: Jornal Nacional

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