Como se comunicar nas estradas

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Observando atentamente as estradas, você pode se deparar com muitos motoristas, principalmente os caminhoneiros e os condutores de ônibus, piscando os faróis/lanternas, ou mesmo gesticulando com as mãos: isso é a linguagem das pistas. Não há como não se impressionar com os sinais, pois eles são baseados na confiança, no conhecimento e no corporativismo entre os profissionais das estradas, o que é estranho para quem dirige somente no trânsito urbano.

Conhecer e entender essa “linguagem” é muito importante e deve fazer parte dos mandamentos de todo bom motorista. Por isso, aprenda um pouco sobre essa comunicação das estradas:

- Piscar a seta para a direita: é como se o motorista estivesse dizendo ao que vai passar “que a pista está limpa, sem acidentes ou qualquer outro perigo”.

- Piscar faróis: essa prática é usada para indicar problema à frente. Pode ser acidente, queda de barreira, árvore ou tráfego parado. Alguns motoristas usam sinal para indicar presença de policiais, mas tal atitude pode atrapalhar caso o bloqueio seja com vistas ao tráfico ou prisão de criminosos, e não de trânsito.

- Movimentar o braço como um pêndulo com a mão esticada: barreira, desmoronamento, acidente. Algo está fechando a pista. Dependendo da gravidade, os faróis de luz são insistentes.

- Quatro dedos virados para baixo: animais na pista.

- Dois dedos virados para baixo: pedestres na pista.

- Fechar a mão começando pelo dedo mindinho até o polegar (sinal de roubo): há ladrões na região, local propício para roubo de veículos/carga.

- Fricção dos dedos polegar, indicador e médio (sinal de dinheiro): há fiscais, agentes ou policiais à frente. O condutor não deve correr este risco, pois a grande maioria desses profissionais repudia a corrupção, e quem oferecer qualquer vantagem pode ser preso em flagrante.

- Sinalizar com a mão como se apontasse uma arma: há radar móvel na pista, e o sinal é dessa forma, porque o aparelho aferidor de velocidade é semelhante a uma arma. O fiscal/policial aponta para o veículo a que ele quer aferir a velocidade.

- Segurar a gola como se arrumasse uma gravata: blitz grande. A gravata significa que o chefe ou o comandante está na operação, ou seja, a tolerância é baixa, “o nó está apertado”.

- Movimentar os dedos juntos no sentido vertical, como se estivesse quebrando o pulso: significa que há prostitutas no trecho ou mulheres que trocam favores sexuais por carona. Isso representa um grande risco de assaltos. Atualmente, os celulares e os rádios (“PX” e “PY”) fazem parte do dia-a-dia dos estradeiros, entretanto a comunicação visual, devido à sua credibilidade e o custo zero, sempre estará presente nas rodovias.

 

Fonte: Blog Iveco